No sótão da minha consciência guardei coisas das quais quero me livrar. Brinquedos, livros, pessoas, pensamentos… Mas toda vez que subo a escada, levo algo de novo nas mãos e sou freqüentemente impedida de mergulhar na bagunça.
Sei que preciso visitar o sótão, lá dentro, pra me desfazer do que não serve mais. Embora a visão externa seja tão harmônica, quando a porta se abre muitas coisas pulam sobre mim. Por isso evito visitá-lo, o sótão.
Penso que seja melhor jogar, de fora pra dentro, as coisas novas e evitar, cuidadosamente, as coisas de dentro pra fora.
Entretanto perguntas me atacam: E quando o sótão estiver tão cheio que não caiba mais nada? Onde vou colocar minhas lembranças e dores? Como vou arrumar a casa, escondendo o que não pode ser visto? Onde vou colocar o meu clone, que só é eu quando ninguém me vê?
Um comentário:
É, amiga...Acho que temos que começar a cavar um porão!rsrs
Te amo!
Postar um comentário