Como é divino o amor!
Luz que, avassaladora, me ilumina,
Universo em chamas que, de chamas,
Incendeia, embebe, ateia, alucina.
Zênite de amor que é dividido em duas camas.
Alma, dos meus versos, peregrina,
Lúgubre ator da minha peça sem roteiro,
Frenesi que sobe no palco, sorrateiro.
Reflexo dos meus lábios, num sorriso,
Enfarta-me, com tua parte feminina,
Doce mel que, dos teus lábios, vem, preciso,
Ocultar-me a mulher e me fazer menina.
Bruma que entorpece meus sentidos
Antes que eu te possa perceber,
Raio que me rasga sem poder,
Tênue, como os dias já vividos,
Zoroastro do universo do meu ser.
Nada em que te percas, eu me encontro,
Ou seja eu simples, quando és complexo,
Gélido calor que me penetra o ponto,
Ultrajante rio, único, que me abre o plexo.
E se, para ti, nisso já não há mais nexo,
Ilusão, de leite doce, que minha boca adoça,
Rasgo o peito e sangro, em ato-reflexo,
Antes que a aorta com tanto sangue já não possa.
3 comentários:
Nossa! Tô arrepiada de emoção. Lindo d+...
lindo, parabéns!!!
Obrigada, Thabata. Venha sempre ao blog. Sempre tem novidades.
Beijos
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