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Maricá - Itaipuaçu, Rio de Janeiro, Brazil
Sou poetisa, cantora, compositora e amante das artes.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

A HISTÓRIA OCULTA DA MÚSICA (Beatriz Oliveira)


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Desde os primórdios, o ser humano tem embalado seus sonhos, desejos e temores ao som de músicas. Obviamente, o conceito de música vem se alterando ao longo dos tempos.
Na primitividade, o som era simples e profundo, assim como a própria natureza humana daquela época. Batidas graves em árvores, pedras e metais, alternando-se o ritmo, constituíam a trilha sonora para rituais de adoração, oração e, como não poderia deixar de ser, de acasalamento.
Com a evolução humana, o som também evoluiu. Foram sendo descobertos e inventados novos instrumentos que possibilitaram o conhecimento amplo das notas musicais e de sua coerência.
Saltamos, então, aos clássicos maravilhosos como Beethoven, Wagner, Chopin, Tchaikovisky. Bebemos de suas obras, como sedentos beduínos, acompanhando a evolução dos nossos próprios sentimentos e, com ela, a popularização da música.
O homem, enfim, aprende a colocar seus sentimentos mais profundos , sublimes ou primitivos na expressão musical de seu tempo. Surgem, desta feita, Choro, Samba, Raggae, Soul, Funk, Maxixe, Rock, Blues e o Jazz. Como cada ritmo tem um a característica diretamente ligada ao comportamento humano primitivo, nota-se que o Samba, por exemplo, é pra soltar a franga, sem medo de ser feliz. Raggae e Rock pra delirar. Funk pra mostrar que a gente sabe rebolar (isso pode ser interessante quando se quer conseguir um parceiro). Blues pra chorar e por pra fora todas as tristezas, limpando a alma. E se tem um ritmo apropriado para o sexo, é o Jazz.
Ella, King, Chet Baker, Aretha, os Cole, Etta... Estes fazem, como ninguém, o tipo que chamo de “música pra comer gente”.
O som suave, as notas que parecem perdidas, mas não estão, o passeio da melodia, as modulações são representações seriíssimas dos sentimentos mais profundos e obscuros do ser humano, quando se quer amar.
Mesmo que você não esteja pensando nada disso, se Ella cantar, sua mente vai viajar por imagens de ninfas maravilhosas e de deuses apolíneos. Você vai pensar que podia estar, à meia luz, com alguém especial sussurrando em seu ouvido coisas que não se deve dizer em voz alta. E se já estiver com essa pessoa, vai notar que suas vozes vão baixando e suas mãos vão se buscando, num ato de perfeita cumplicidade e sensualidade extrema. Se estiverem a sós, então. Ninguém vai impedir o ato de entrega total.
A não ser que a música seja no vizinho e ele troque pra “Búfalo, Búfalo, Búfalo Bill”. Aí, ou você se mata ou liga a TV no Programa do Jô. Às vezes tem gente bonita pra se ver, às vezes tem música boa, já que o clima, agora, é do Canadá e você não vai comer ninguém mesmo...

2 comentários:

Andreia Jacomelli disse...

Culto, divertido e, como diriam os roqueiros: irado! Amei o texto! Bjs.

Unknown disse...

Pô música pra comer gente é tudo, agora, tem quem coma gente ouvindo o búfalo bill, só q tem alguns q são mais gente q os outros.