
Tanto tempo se passou
E se vai passando o tempo ainda
Restando-me apenas o que sou,
O esquecimento e a esperança infinda.
Areia e cinzas me cobrem o cabelo.
Onde era só Eu, sou eu só, agora.
A mulher que vejo, no espelho,
Já de há muito me ignora.
Sentenciando-me, eu a esmo corro,
De mim para mim, formando um círculo,
Caçando-me num esforço sobre-humano.
E o tempo ainda passa: estorvo!
Viciando-me na ansiedade, no vínculo
Parecido com o que há entre a tesoura e o pano.
Um comentário:
Lindo!...
Eu sou linha e a agulha: tentando remendar os pedaços...
Te "love you"!
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