

Eu vou lançar, do palco,
A flor que realiza o irreal.
Eu vou nascer do espírito concreto
De um oásis no deserto,
Que é o espírito de amar,
Sem desbravar o amor.
Não sou o grito.
Eu sou o silêncio pelo avesso,
Eu sou o preço,
O olho, a boca, o peito, a mão, o rito…
Eu vou me lançar, do palco,
Na dor que concretiza o ideal.
Eu vou morrer buscando o teto
Que o Abstrato Deus Concreto
Deu-me à noite pra sonhar.
(Ou, então, me sonhou…).
Eu não sou a parte,
Eu sou o todo dividido.
Eu sou unido à arte
E não me arde mais
Um canto tão sem jeito,
Do que não ter tido nunca
Mais que um só coração no peito.
Um comentário:
Galera, o post criou vida própria e tem um verso (sempre o mesmo) que teima em ficar evidente, através do tamanho. Como tentei dezenas de vezes e ele não me abedece, resolvi deixá-lo grande mesmo. rs
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