
Grua de adamantano que arrasta
Qualquer coisa que se ponha em seu caminho,
Cinge-me com uma bandagem nefasta,
Ata-me sem quê, em seu torvelinho.
Vésper clara, inesperada e crua,
Inspira-me em doces lamentos sutis,
Sublima a minha alma que é tua,
Alça-me rente aos teus raios hostis.
Desta sorte, enturvarei o meu flagelo,
E tornarei a ver teu rosto belo,
Esquecendo a rima da tua séria alcunha.
Lembrar-me-ei do teu sintoma belo,
A paixão, que se fará um castelo,
De tudo aquilo ao que eu já me dispunha.
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