
Da vida, o que se leva é nada.
O ouro fica, a carne fica
E, no ato da luz apagada,
O que se tem é som.
O que é fenomenal, e basta,
É o que atinge nossa mente
E, como o rock, nos arrasta
E nos transforma em luz néon.
O que move essa montanha
Feita de carne humana
Não é só fé (o que te estranha)
É o desejo, o “T”, o tom…
E nos carrega essa vontade,
Que provém daquelas notas,
Em busca da novidade,
Pra viver, “sine qua non”.
Por isso, nosso som arrebata,
Explora, cresce e, até, mata,
Qual amor, com espinhos ao redor.
Se nos seja impossível a outra clave,
Que o fá e o sol sejam a chave
Do mistério solitário da clave de dó.
(para a banda “Clave de dó” que nunca chegou a tocar – 1996)
Nenhum comentário:
Postar um comentário