Tudo bem a vida ser tão cara!
Tudo bem o governo não cuidar da segurança,
Do idoso, da criança,
E encher, com o meu dinheiro, a cueca imunda!
Tudo bem o salário ser pequeno,
A idéia ser pequena, o dinheiro ser contado
E os problemas escondidos atrás de um falso sorriso.
Tudo bem o mundo querer me transformar
Em uma Gisele ou Ivete qualquer,
Massificando-me com utopias de ser supermulher!
Tudo bem doer o corpo, a cabeça, a alma,
Engolir o café amargo e o amargo choro,
Perder a esperança, a fé, a calma...
Tudo bem ficar meses sem te ver!
Pensando em se eu ocupo um lugar na sua memória,
Se a minha voz envolve os seus neurônios,
Se eu fiz, de fato, parte da sua história.
Tudo bem um beijo seco e um sorriso frio...
Mas uma promessa quebrada é imperdoável!
Fez-se, em mim, de fato, um vazio palpável,
Quando seu corpo se negou a tocar o meu,
Tão sutilmente, aviltantemente, arredio.
Como se eu fosse uma cadela no cio,
De quem a distância traria paz.
Eu não queria muito mais que um toque...
Bastar-me-ia um abraço terno, de concórdia.
Quebrar a promessa, tão covardemente,
Foi, em meu amor, um tiro de misericórdia.
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