Mariana era uma moça acolhedora e linda!
Cheia de sonhos floridos, desejos verdejantes...
Mariana, agora, já não é como era antes
E vive, hoje, uma tristeza infinda!
O amor não deu sorte a Mariana.
O homem que ela amava não a amou
E, apesar de todas as dádivas doadas,
Destruiu, explorou, ignorou, enganou...
O homem arrastou a luz de Mariana
E jogou seus sonhos sob o rio,
E o rio que era doce hoje amarga
A dor e o abandono deletério.
Ela se divide em muitos corpos
E vive inundada de mentiras,
Tentando levantar os olhos mortos:
Fraqueza pela força, numa catira.
Mariana, então, se põe, hoje, à janela
E olha insone a correnteza de lama.
E a gente pode ver nos olhos dela
Os olhos do homem mau que ela ainda ama.
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