Desde a noite tenho sede...
Tenho-lhe perseguido, do sonho, pela treva,
Por um caminho espesso e em rede,
Tenho estado em alerta ao dormir,
Esperando teu momento que me enleva.
Tenho sede d’água fresca.
Um gole que seja, escorrendo a boca.
Que a idéia me povoa a alma animalesca
E me escorro sem que me possa dirimir,
Gostando, embora tema chegar a ficar oca.
Tenho sede desse lobo que não tenho.
Do sumo de sua boca, de sua pele, sumo-sexo.
Chapeuzinho aguada, desejando o lenho
Que a fará, talvez, loba também, no porvir...
Sede de sumo de beijo, sede de amplexo.
Um comentário:
Vc escreve particularmente bonito!
Temo que possa ser poeticamente roubada.
Hoje em dia esta rara a beleza e delicadeza com que vc declara as dores... e temores... e sensores...
vc e demais, rima...
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