
E tudo que eu vivo carrega a tua essência,
Com profundidade e ardor.
Nas escassas caminhadas e na eterna depressão diurna,
Atiro contra mim mesma, tendo resvalados os tiros a esmo.
Teu sorriso me atinge mais certeiro que a arma.
Ma armo até os dentes e até aos dentes tu me desarmas,
Sorrindo-me e me fazendo sorrir,
Como criança que nada quer,
Como escroque que quer o que não tem.
Em cada pensamento noturno, revivo teu cheiro,
E tudo o que vivo é, de fato, a esperança do teu gosto.
E nos telefonemas diurnos, te vivo no meu próprio rosto,
Reflexo do espelho, onde desejo te encontrar.
Um comentário:
Ah, doce agonia! Texto perfeito, querida!
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