
De outros tempos eu trago o teu vulto
Na esperança do eterno amor que aflige
e a ouvido nu, ainda hoje, ausculto,
No peito, algo que não se corrige.
Meu coração tem a mania feia
De esperar... E esperar eternamente
Por esse bem que nunca se esteia,
Que sofre, encanta, vive e mente.
Tuas sombras acompanharão, eternas,
O envolvimento dessas minhas pernas
Co'o som interno do meu peito ativo
E, enquanto as coisas ficam mais modernas,
Eu vou morrendo entre as tuas pernas.